Pilates Clínico na Esclerose Múltipla: melhorias cognitivas e de força muscular
Num estudo publicado recentemente no Journal of Physical Therapy Science demontrou-se que a metodologia de Pilates Clínico pode ser uma excelente ferramenta terapêutica para pacientes com Esclerose Múltipla, tendo-se verificado melhorias a nível cognitivo, de força muscular e de qualidade de vida.
Sendo o Pilates uma metodologia de exercício focada no treino dos músculos estabilizadores do core abdominal e com resultados comprovados em populações saudáveis, os investigadores da İzmir University na Turquia quiseram examinar qual o verdadeiro impacto deste treino em indivíduos portadores de Esclerose Múltipla.
Este estudo contou com a participação de 20 pacientes, 65% deles mulheres, tendo sido divididos em 2 grupos: um grupo de controlo que foi sujeito a um plano de exercícios normal focado no equilíbrio, força e coordenação; e o grupo de Pilates. A grande diferença entre o plano de exercícios normal e o de Pilates Clínico é a coordenação com a componente respiratória, indispensável na metodologia desenvolvida por Joseph Pilates.
O programa de exercícios decorreu em duas sessões semanais, de 45 a 60 minutos de duração, durante oito semanas. Aos pacientes no grupo de intervenção foi ensinado os elementos base do Pilates Clínico antes de iniciarem o programa de tratamento, e guiado por um terapeuta experiente no decorrer das sessões.
Os pacientes foram submetidos a um exame profundo antes e após o período de treino, incluindo habilidades físicas e de função global, bem como fadiga, cognição, depressão e qualidade de vida.
Os resultados mostraram que ambos os grupos melhoraram em todos os testes de desempenho físico. No entanto, os indivíduos que pertenciam ao grupo de Pilates tiveram melhor desempenho nos testes de equilíbrio, menor fadiga, e pontuações mais elevadas no teste cognitivo.